Sabe aqueles dias em que fixamos o olhar em um ponto, alguém pergunta o que estamos pensando, mas analisando, não sabemos bem o que estávamos a pensar? #confused Pois então, outro dia estava assim. Flyleaf tocando no celular e os pensamentos se embaralhavam a medida que a Lacey cantava lindamente. Uma hora eu pensava nos trabalhos que tinha para fazer no dia seguinte nos estágios, outra hora nos amigos que eu não via(ejo) há muito tempo. Pensava no aniversário que estava por chegar, e lembrava que não devia criar expectativas, pois no ano anterior eu esperara muito e me decepcionara na mesma proporção. Pensava na aula que não estava tendo e me questionava do porquê nós, enquanto alunos, não cobramos mais dos professores que são liberais demais. Pensava nas contas que precisava pagar no final do mês e no vestido que tinha deixado na loja por conta delas. Todos os pensamentos eram em si importantes, mas havia um que estava entre todos eles, como uma quebra de texto num poema de muitos versos. Mas não eram apenas pensamentos, eram lembranças. Lembranças que são constantes e que eu insisto em deixar fazer parte do meu dia-a-dia. Lembranças que se acentuam nesse lugar que sempre foi o meu esconderijo preferido desde que cheguei aqui. Lembranças de algo que passou e que sei que não vai voltar. Lembranças de um passado não tão distante, que é difícil, mas sei que um dia terei de reorganizar a importância. Elas vão para a pilha de experiências que me ajudaram a aprender, mas que não preciso rever o tempo todo.
Me perco entre os pensamentos e falo em voz alta, droga, como eu queria que você estivesse aqui...