Vinte e um

13:05Prisca Rockbell



Essa semana perguntaram minha idade e confesso que parei para pensar. Fiz as contas e ainda perguntei a minha amiga quantos anos ela tinha, pois, já que sou um ano mais nova, saberia minha idade. Não, eu não sofro de problemas de memória, dislexia ou lerdeza aguda, é que depois dos 18 o tempo parece ter passado tão rápido que eu sempre me perco entre os aniversários. Ok, falando assim até parece que eu nasci em um ano bissexto e me confundo com as datas, mas não...
Eu amei ser criança, um pouco menos de ser adolescente e gosto de ser jovem. Vivi bem um pouco de cada, embora carregue características de cada uma dessas fases de minha vida. Mas ai eu cresci e tudo é correria, prazos, tempo curto. Eu paro na praça e vejo crianças correrem também, mas a corrida delas não incluem responsabilidades ou transtornos, e é por isso que eu as admiro com saudade desses meus dias.
Mesmo que eu não tenha sido uma adolescente que nos momentos rebeldes tenha dito que não via a hora de fazer 18 anos para sair de casa, o tempo não me espera e a matemática que segue é que, a cada ano minha idade é acrescida na mesma proporção que  os meus dias vão sendo subtraídos.


Escrevi inspirada na música 21, da banda Scambo.

(30.07.13)


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